O que o seu filho precisa mesmo?
Às vésperas
do dia das crianças, mães, avós, padrinhos e tias desesperados na busca do
brinquedo perfeito. Lojas repletas de possibilidades e crianças ansiosas
transbordando quereres.
- Eu quero
isto! Minhas amigas têm aquilo! Eu vi na televisão! Eu preciso muito! Por
favor, eu quero, eu quero, eu quero !!!!
Eles
suplicam e os adultos, confundidos pela rotina compulsiva e seduzidos pela
indústria de estereótipos que a televisão promove massivamente, correm para as
compras, recorrem aos shopping centers abarrotados e compram objetos de desejo.
Se não conseguem comprar o tal do Playstation XLPW Megaplus8master, são
inundados por um sentimento de culpa e de derrota que só serve para minar nossa
auto-estima e nos distanciar de nós mesmos.
Talvez este
brinquedo da convenção “12 de outubro”, faça uma criança feliz por um dia, uma
semana e neste querer sem fim da natureza humana, elegerá outro objeto e
infernizará seus cuidadores até conseguir.
Quando o objeto é tecnológico o assunto
complica e encarece. Celulares de última geração, vídeo games, Ipods, Ipads que
são entradas VIPS de aceitação social e, contraditoriamente, acabam isolando os
indivíduos para dentro de seus universos solitários.
Quanto mais
você consome, mais aceito você é. Está completo o perigoso ciclo do consumo
inconsciente.
O conceito
de FIB (Felicidade Interna Bruta) é uma bela reflexão sobre o que realmente nos
faz feliz.
Estamos
educando nossos filhos a serem
“Teres Humanos” e não “Seres Humanos”.
Por
distração e excesso de pré-ocupação encontramos nos presentes a materialização
do amor, a compensação da falta e a prova de que somos vitoriosos e enquadrados
neste sistema insustentável. Vale dizer que se todos consumissem como os
americanos, precisaríamos de 5 planetas. Ops ! Não temos.
Observar
seu filho é o melhor presente que você pode oferecer.
O presente também
é o tempo verbal que coloca em nossas mãos as escolhas do futuro e as colheitas
do passado. Poderia ter nome melhor ?
Você
precisará sair da zona de conforto, sentar no chão, andar de bike, assistir mil
vezes o mesmo filme, escutar atentamente a cada pequeno fato que, do alto de
sua “adultice”, possa parecer irrelevante.
Paz-ciência, vínculo requer atenção e quando sua criança for um jovem e
tiver algo bem importante para compartilhar, saberá com tranquilidade que você
tem um tempo especial para ele.
Adorei essa postagem. Estou preparando alguns textos sobre o assunto que é muito preocupante. Tenho um filho e vivemos certos conflitos por conta da tecnologia. Estou tentando salvá-lo antes que seja tarde!!
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