segunda-feira, 1 de abril de 2013

Carta Mensal - Abril/2013


Cotia, 1 de abril de 2013.
“O Brasil não é o melhor dos mundos possíveis, 
mas é o melhor dos mundos existentes." 
Domenico de Masi 

Prezados amigos,

Perguntado sobre qual seria a maior falha dos atuais sistemas de ensino, o sociólogo italiano Domenico de Masi responde que:

“Para começar, as escolas devem abolir, a todo custo, a imagem ou ideia de que o estudo deve ser algo penoso e chato — exatamente como o trabalho. No entanto, o sistema pede que as escolas preparem as crianças para serem trabalhadores eficazes. É preciso que as elas incorporem mais atividades lúdicas, que provoquem espaço para a reflexão e o questionamento. A escola tradicional só faz interseção com o trabalho. Nunca com o lazer e o tempo livre.”

Sobre o Brasil ele diz que “ainda hoje é menos conhecido e valorizado do que merece. Tão grande quanto a China, é uma democracia. O país é quase três vezes maior que a Índia, tem quase o mesmo número de etnias e de religiões, mas vive em paz interna e com os países limítrofes. É quatro vezes maior que a zona do Euro, mas tem um único governo e fala uma única língua. O Brasil é o único país onde a cultura ainda mantém características de solidariedade, sensualidade, alegria e receptividade.”

E diz mais: “A força de um país não está apenas em seu crescimento econômico, mas, principalmente, em sua capacidade de distribuir igualmente a riqueza, o trabalho, o poder, o saber, as oportunidades e as proteções. Os desafios aqui são o analfabetismo, a violência e a desigualdade. É preciso realizar esta redistribuição mais igualitariamente em comparação a outros países e manter a melhor relação entre economia e felicidade”.

O mundo tem nos visto de outra forma e nos valoriza muito mais do que nós mesmos o fazemos. Nosso Professor Pacheco diz que há no Brasil a síndrome do vira-lata: sempre achamos que o que vem de fora é melhor. Ele acreditava que o que fazia na Escola da Ponte era novidade, mas, quando vem para o Brasil, descobre uma série de educadores, que antes dele já pensavam em um outro tipo de escola formadora de um outro tipo de ser humano para um outro mundo. E escolhe o Projeto Âncora, que já defendia os mesmos valores, para dar início a um projeto de escola que ajude o Brasil a dar esse salto para realizar de fato sua vocação como um país do futuro.

Vamos aproveitar, não perder tempo, trabalhar muito e, de fato, nos tornarmos o melhor do mundo. No Projeto Âncora, estamos com a faca e o queijo na mão. E também muita fome.


Abraço sempre grato e fraterno,

Regina Machado Steurer
Conselheira Projeto Âncora









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