Carta Mensal - Maio

Cotia, 1 de maio de 2014

“A ideia não é criar uma ilha de paz num lugar violentíssimo. O que vamos fazer é desinstitucionalizar a escola, formando comunidades de aprendizagem em toda parte: praças, lan houses, hospitais, condomínios, favelas. Queremos que Cotia seja uma cidade educadora com 220 mil alunos.”

José Pacheco

Caro Amigo,

Demos início ao Projeto Cidade Educadora Âncora em parceria com a Petrobras!

Mas o que significa exatamente isso? O objetivo geral do projeto é o de promover, disseminar e compartilhar conhecimentos entre o Âncora, as comunidades e as famílias, para desenvolver outros espaços de aprendizagem, tornando o bairro e a cidade integralmente educadores.

Como faremos isso?

1.       Envolvendo as crianças, as famílias e as comunidades.

2.       Construindo uma matriz de valores comuns.

3.       Conhecendo e aprofundando a vocação de cada comunidade.

4.       Mapeando e conhecendo problemas.

5.       Mapeando e conhecendo tecnologias sociais que superem os desafios comuns.

6.       Criando e disponibilizando um banco de conhecimentos e valores dentro das comunidades.

7.       Instalando centros colaborativos para estudo e registro dos problemas e soluções encontradas e partilhando-as em rede.

8.       Constituindo um acervo dinâmico e disponível das várias experiências.

Para chegar onde?

1.       Numa escola inserida na comunidade.

2.       Na compreensão da relação entre produção e consumo para fortalecer e criar redes de “empreendizagem” colaborativas.

3.       Para se chegar a uma sustentabilidade em todas as suas dimensões – da vida, da cultura, da educação integral e aberta, dos empreendimentos, dos cidadãos.

4.       E para constituir um primeiro protótipo brasileiro de comunidade de aprendizagem.

É quase inacreditável a força que têm as crianças para mobilizar toda uma comunidade e transformar culturas enraizadas nos adultos. É a partir das crianças e seus sonhos que trabalhamos. E pais, vizinhos, toda a comunidade vão se envolvendo e fazendo transformações que um dia, esperavam, fossem feitas pelo poder público, por alguém que não elas mesmas. Assim como resolvem e conseguem acabar com o lixo em suas vielas e córregos, aprendem e passam a acreditar que podem mudar muitas outras coisas.

Ainda esperamos assistir, ao final de dois anos de projeto, outras comunidades em outras cidades e estados também fazendo uso dessa tecnologia social a ser criada por nós. No fim, o sonho é também o seu sonho: ver outro país nascer.

Contando com sua participação em mais esse desafio.

Fraternalmente,

Regina Machado Steurer