Brasileiros são conhecidos pela hospitalidade, afetividade, festividades, mas como se comportam os brasileiros quando o tema é Solidariedade? O nosso país absorveu o “Black Fryday”, mas por que não incorporou o “Thanksgiving”? Em recente e pioneira pesquisa sobre a cultura de doação pelo IDIS(Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), nos deparamos com o perfil da filantropia no país.
pesquisa IDIS
pesquisa IDIS
Os dados obtidos são bem interessantes, como constatação de que 77% da população praticou algum tipo de doação ao longo de 2015 e que o hábito de doar faz parte da vida do brasileiro regularmente. Mesmo estando muito aquém dos países com a cultura de doação arraigada, já temos bons motivos para comemorar. Outros dados animadores é que o montante das doações no país somou R$ 13,7 bilhões, equivalente a 0,23% do PIB nacional. Nos Estados Unidos com PIB (2015) de 17,937 trilhões de dólares o valor de doações de pessoas físicas é de 330 bilhões, o que equivale a 18,44% do total do Produto Interno Bruto.
Quem é este doador em potencial? Mulheres de nível superior que frequentam alguma instituição religiosa e com renda superior a 4 salários mínimos.
Curioso quando se faz uma busca de imagens pelo Google com a palavra doação, aparece corações, roupas, bancos de sangue, alimentos, mãos unidas, entre outros. Quando se faz a mesma busca em inglês “donation” aparecem cofres e moedas. Esta simbólica busca demonstra a ideia de doação do brasileiro.
A Cultura de doação está crescendo, mas ainda há muito terreno a ser expandido.
Este tema vem ganhando destaque no Brasil no último ano. A corajosa decisão de Elie Horn, dono da Cyrela, de se juntar ao movimento Giving Pledge e se comprometer a doar 60% de sua fortuna em vida é um maravilhoso exemplo para indivíduos detentores de grandes fortunas no país. Em recente entrevista a Época negócios Elie Horn, que mantém sigilo dos contemplados pelo investimento social, afirma: “No começo, pensava muito na questão da pobreza. Depois comecei a pensar que se a gente aproximasse as pessoas de Deus não haveria estupro, nem assassinatos. Portanto, a formação moral é fundamental. O mundo educado, o mundo moral, é o mundo que não tem mal. Ou, diante dele, o mal diminui de forma bastante rápida. Por isso, em primeiro lugar, hoje invisto na educação moral. Aí está o futuro.”
O que motivou Elie Horn a fazer a imensa doação é o engajamento na causa. Validamos o que no nosso ponto de vista fará o mundo um lugar melhor para se viver. Validamos a melhora de pessoas para a construção de um novo mundo. O ponto é que sempre podemos enquanto cidadãos e empresários melhorar a nós mesmos, sermos inspiração em nossas empresas, nos posicionando a favor de causas que nos fazem sentido. Os dados da Doação Brasil comprovam que 89% dos doadores, o fazem pelo simples fato do sentir-se bem ao doar e 80% afirmou que ajudou por ser sensibilizado com a causa.
No ato da doação todos os envolvidos ganham. Transformar realidades dos menos favorecidos é muito possível, distribuir a renda é emergencial para construção de um país mais justo, sábio e menos violento. Basta um pequeno deslocamento da zona de conforto. Se queremos ver a mudança fora, precisamos começar com uma mudança interna. Maneiras são inúmeras: Incentivo fiscais, doações mensais, parte do imposto de renda, voluntariado, gincanas de arrecadação de alimentos e o que mais a sua boa vontade criar. Não há limites.
Este ano fazemos o convite para que este #Diadedoar se estenda e que cada um de você possa ser co-responsável na construção do nosso Centro Cultural Comunitário. Nosso Circo a serviço da Transformação Social por meio da arte, cultura e cidadania.Se aproprie, doe e depois compartilhe, envie um vídeo do porquê do seu apoio. Vamos dar as mãos. A sua SOL idariedade nos dará luz e voz será aplaudida por muitos.
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